2004-08-06

Não se escolhem os vizinhos

E é bem verdade!...
O casal por cima de mim não deve conhecimento da amplitude da definição de casamento e do que está por trás de união e comunhão de interesses! Que há vários tipos de casamentos todos nós sabemos mas pelo menos o que se espera passa por entendimento... no entanto os meus vizinhos têm uma definição própria que passa por:
- gritar o suficiente com a mulher ( nunca antes das 2h da manhã) e a ponto de me acordar!, o que me leva a criar novos meios de embalo que podem passar por ouvir Maria João Pires a essas belas horas num tom não tão baixo quanto isso!

Eu bem sei que a solidão é dura como diz o Rui Veloso, mas mais duro deverá ser o desgaste de discussões contínuas que para além de envolverem as personagens mais próximas do argumento, desgastam-me. E eu não me lembro de ter dado o sim à escolha de inferno para toda a vida, por parte deles!!

2004-08-05

O homem a quem talvez um dia aconteça qualquer coisa

Os nossos amigos do Gato Fedorento fizeram há tempos uma tirada que era "o homem a quem aconteceu não sei o quê". Esta personagem, que exemplifica figuras do nosso dia à dia, fala sempre de algo que não se percebe em tom ofendido, mas não toma acções, dizendo-se ser uma grande alma!
Mas há mais personagens do nosso dia à dia. Acho mesmo que todos nós temos no nosso caminho alguém que tipicamente nos responde:
- Temos que ver isso.

Um diálogo tipico será algo como:
Nós: É preciso tomar uma decisão em relação a esta situação.
R: É verdade.
Nós: E quando podemos falar sobre o assunto?
R: Sim, temos que falar sobre o assunto.
Nós: Mas nós temos MESMO que dizer qualquer coisa para breve...
R: Sim, temos que ver isso.
Nós: (GRRR... que parte do breve e do temos não percebeste??? !)

Todos os pressupostos e atitudes acontecem no futuro. Nunca há definição sobre o que fazer ou dizer nem tão pouco quando isso vai ter lugar!... Talvez um dia a definição chegue... até lá a estas personagens pouco ou nada vai acontecer: isso será sempre algo para o dia seguinte! Talvez um dia o "temos que ver isso" acabe por chegar!

2004-08-04

Piscas em França

Temos que ser solidários com os nossos amigos emigrantes que neste mês de Agosto resolvem abandonar França e vir visitar o nosso Portugal. Em primeiro lugar trazem sempre carros francófonos e todos nós sabemos como tudo o que é francês tem aquele orgulho muito próprio de o ser! E por isso mesmo vemos os desgraçados a viajar em plena hora de ponta pelas vias de acesso à capital, completamente perdidos quando percebem que estão no sítio errado e que têm que embicar velozmente para a esquerda para cima de um qualquer tuga que por acaso esteja a passar! Como se não bastásse, descobrem que os piscas se recusaram a acompanhar o resto da viatura pois com medo de não serem compreendidos neste recanto da europa, se recusam a tentar arranhar uma qualquer outra lingua que não seja o pisca-pisca francesinho!