2009-11-14

No seguimento do tema anterior

Ontem  vi o (500) Days of Summer. O narrador define logo a história, não como uma história de amor, mas antes "boy meets girl". É uma história simples, muito bem contada, recheada de pormenores coloridos, divertidos e outros um pouco mais escuros, que acabam por dar uma dimensão humana ao filme e às personagens que nos apresentam a história!
E de facto, o fim não é exactamente linear, não temos o habitual fim cor-de-rosa, e dito isto, não podemos deixar de sorrir durante boa parte do filme e no fim, onde a nota final nos deixa a esperança que acaba por viver em todos os românticos, de que algures, no tempo e no espaço, obra do acaso ou destino com o acompanhamento da nossa vontade própria à mistura, todos iremos encontrar, "a tal" ou "o tal" que nos equilibra!

2009-11-09

A publicidade enganosa dos romances...


e dos contos de fadas de um modo mais visceral! E o quão enganosa é ou não, seria um tema para uma conversa sem fim, que nem mil "girls night" a fechariam!
E sim, concordo que é verdade que todos os contos de fadas com que nos minam a cabeça desde a mais tenra idade, criam uma noção de cavaleiros perfeitos, surreal. Mas verdade seja dita, que uma boa maioria de nós (felizmente, acho eu) nos dias de hoje, jamais se encaixaria no papel da princesa incapaz de se mexer sem o seu príncipe encantado, vejamos exemplos:
  • A branca de neve, jamais se levantaria do caixão sem o beijo do verdadeiro amor;
  • A bela adormecida, caso o príncipe não tivesse chegado a tempo, dormiria para todo o sempre;
  • E a gata borralheira continuaria a sujeitar-se a uma vida de escravidão, não fosse o príncipe ter a pachorra de ir de casa em casa, colocar o sapato de cristal em tudo quanto era pé de moçoila! 
Ao não nos resignarmos a sermos espectadoras da nossa própria vida, não podemos também esperar termos heróis de capa e espada aos nossos pés a tempo inteiro! Também eles abandonaram há muito o papel tradicional: uns porque perderam simplesmente o espaço para, e outros porque simplesmente não sabem! Não tivesse tudo mudado tanto e não teríamos o livro genial de James Finn Garner!
Já as comédias românticas, se formos a analisar bem, não prometem um final feliz... só vemos aqueles instantes que se seguem aos momentos mágicos e o amor não é só isso! Poucas são as excepções a esta receita tantas vezes repetida que promete um desenrolar perfeito com base apenas nos minutos que se seguem após o beijo sôfrego que sela o final.
Talvez devêssemos a nós mesmas a mesma capacidade critica que aplicamos à publicidade geral, para reconhecer que às vezes, fomos enganadas pela embalagem, que nem sempre é daquele produto que precisamos. Mas como tudo na nossa lufa-lufa diária, há um dia, uma altura em que nos apercebemos que temos nas prateleiras, o que nos falta!

2009-11-05

Dança de iguais


Já não me lembrava do à vontade que temos a falar, de como o tempo escorre sem o vermos, como se no fundo nunca tivesse passado tempo algum, nunca! E desta vez, o misto de estarmos em dois lados distintos da margem, estando ao mesmo tempo tão perto enquanto nos escutamos, fez com que de certo modo fizemos uma coreografia silenciosa equanto o tango moderno tocava de fundo, que perdurou muito tempo depois do som se ter calado.
Pela primeira vez, acho que estivemos num pé de igualdade, como se o tempo que nos arrancou e os rituais que encontramos para deixar o mesmo passar, nos tivessem feito crescer desta feita no mesmo grau. Se houve altura para sabermos que somos de certo modo faces de uma mesma força, essa altura talvez seja agora!

2009-11-03

Leap ...


of faith...
Durante minutos deixei a minha mente questionar se deveria ou não dar um passo em frente, quando sei bem que me estás a desafiar... não com maldade pré-calculada..., quero acreditar que não, escolho acreditar que não, mas um predador não consegue largar os hábitos de caça, de embuscada e além do mais, não esqueci o teu lançar da rede! A diferença é que já não partilhamos as mesmas águas... elas só se tocam, porque não condicionamos o seu fluxo! E é isto mesmo que quero provar a mim mesma!
Coragem é também a capacidade de saber ao que se vai, tremer por isso e ainda assim, ir! Já não são borboletas que me afligem o estômago: já conquistei as minhas, vou-te apenas mostrar que as domino, que são parte de mim! - E há enterros que só ficam feitos, quando mostramos que sabemos viver!

2009-11-02

Indivisível...


adj. 2 gén.
adj. 2 gén.
1. Que não se pode dividir.
s. m.
2. Partícula que já não admite mais divisão.
3. O que tem carácter!caráter de indivisibilidade.

E a partícula que admitindo divisão, a renega? Ou a ignora? Que estando já separada das outras, que se vendo como num outro tempo, num outro espaço, não deixa de fazer parte da partícula que largou...? Desconheço um adjectivo formal para um divisível/indivisível, mas reconheço o seu sentir!