2006-10-30

Raios parta o horário de inverno!

Odeio este horário... odeio o sair de noite ou quase por muito que faça para sair a horas normais. Olho pela janela e já é noite, por muito que o relógio me diga que é cedo e que ainda tenho tempo, eu não acredito: afinal é noite, que raios!

Não sei se hoje me atacou mais por ser segunda, mas que é verdade que ao regressar a casa apesar de apenas serem 7h, estava já a pensar no pijama, nas pantufas e depois no “como raio me vou disciplinar para não deixar de ir ao ginásio”??!, é!

De que me serve estar um sol do caneco de manhã se saio sempre de noite? E não vale de nada chegar mais cedo para tentar sair cedo, porque serei a única a fazer o esforço e como necessito dos restantes imbecis que chegam tarde, fico prisioneira da minha mania de fazer as coisas e basicamente fico quilhada: entra cedo e sai tarde! Assim de repente, não me parece um bom negócio!

Não é que isto deixe de existir como num passe de mágica no horário de verão, mas que custa menos, custa!

2006-10-29

Na pele de uma dondoca

Há dias de semana, muito raramente, que posso ter na mão as rédeas do meu tempo. Nesses dias, há vezes em que resolvo trocar-me as voltas: ir ao ginásio mais cedo, almoçar num sítio bonito, programar o dia de modo a apesar de tudo, fazer tudo o que tenho para fazer, mas a noção do “não picar ponto”, faz toda a diferença!

E é no meio destas boas intenções todas que desço para o estacionamento do ginásio para o encontrar bem recheado. Parece que é sábado ou domingo às 11h em vez de estarmos a meio da semana! A aula de dança está cheia de gente… o que faz esta malta? Alguns já não têm idade para trabalhar, mas convenhamos! São todos profissionais liberais ou vivem de rendimentos??! Sim, porque para pagarem a mensalidade, na categoria de pé-rapados é que não se encaixam de certeza! Já sei que escolha eu o que escolher fazer nestes dias mal semeados que arranjo, nunca vejo nenhum sítio às moscas, mas não deixo de me espantar!

Segue-se o almoço na casa da guia, para aproveitar a abertura que S.Pedro nos resolveu dar e para não ter que pegar em tachos. Se é verdade que não tive que me irritar para estacionar, embora não houvesse centenas de lugares vagos, nem tivesse dificuldade em ter um lugar virado para o mar, não deixa de ser verdade, que estavam imensos grupos de senhoras a matraquear em mesas perto, no restaurante do fundo, homens de negócio exibem os seus fatos enquanto almoçam por lá como se não fosse especial estar numa sexta a almoçar ao sol, com o mar a brilhar de pano de fundo! E se calhar para eles é, que sei eu? Se calhar apenas eu pertenço à raça estranha de ter que trabalhar com o culto da presença e sofrer da paranóia de “run the extra mile, all the time”!

É claro que outra possibilidade justificativa para esta aparente enchente de pessoas, nos meus dias de “hoje não se pica o ponto”, é que o resto do universo, tenha resolvido imitar-me! Mas como não me tenho em tão alta conta, a ideia não só é disparatada, como impossível! Assim sendo, serei só eu a deparar-me com este aumento de “fazer ponta”??!

2006-10-26

Sobre a chuva

Ao passar os olhos pelo post do Tiago, também me apeteceu pensar na chuva....

Há alturas em que não gosto mesmo nada da chuva... como quando nos dias em que preciso mesmo de levar carro para o trabalho, os tugas dizem fazer uso dos seus guarda-chuvas de 4 rodas! Onde apesar das minhas boas intenções e colocar o despertador para 1h mais cedo, o corpo insiste em não se mexer aquele toque e todas as boas intenções vão para o inferno! E mesmo quando até que me consigo mexer, como hoje, há sempre um bando de desgraçados que resolve amalucar, provar que é o maior do mundo ao volante e depois presentear o resto com uma mão cheia de choques em cadeia, porque o que a malta gosta mesmo é de acordar de madrugada, demorar mais tempo a chegar ao trabalho que indo de transportes!!
Há ainda aqueles dias como o passado domingo em que eu tenho mesmo que ir ao Shopping e dou por mim numa enchente de gente que não sabe que mais fazer em dias de mau tempo sem ser enfiar-se num shopping provavelmente a ver montras que não pode comprar!

Mas há também aquelas primeiras chuvas, que deixam num ar aquele cheiro a terra molhada que às vezes se mistura com aquele perfume adocicado das flores. Adoro esse cheiro! É um cheiro bom que me faz sorrir por dentro em que me apetece sempre encher o peito de ar para guardá-lo comigo. É um pouco como imagino que seja esse cheiro de África que toda a gente comenta.

E há aquela vontade enorme de fazer um remake da cena do Gene Kelly, de impermeável amarelo! Pular nas poças, cantar, dançar… É claro que a maioria das vezes em que me passa pela cabeça fazê-lo, o resto das pessoas não parece partilhar da minha vontade, pelo que ficou sempre pelo reino da imaginação...

E depois como sempre tive uma certa panca com a água, as gotas a descer por baixo da roupa, o colar da água, quando não estou com horários, a chuva lembra-me aquela cena do 9 semanas e ½ que se bem me lembro tem lugar num beco ou numa travessa escura, escondida... :)

2006-10-21

Freud explica...

Antes de ir uns dias de férias, já tinha reparado que fazia muitas vezes este engano. Mas agora que voltei, o mesmo sucede sistematicamente! 
O que vale é que já estou se sobreaviso e revejo sempre o texto antes de o enviar, pois caso contrário enviaria no minimo frases pouco convenientes!
Grosso modo, o esquema geral encarregue de me despachar novo trabalho para cima pode ser resumido da seguinte forma: alguém faz um pedido, o mesmo vai sendo encaminhado por um circuito pré-definido e quando chega a mim, o mesmo é desdobrado numa série de tarefas que tenho que fazer até dar resposta à solicitação inicial. Como em toda a grande empresa, o caminho gracioso que esta nem sempre pequena solicitação, tem que percorrer até chegar ao fim, tem um nome e uma série pressupostos que tem que chegar até atingir o seu  objectivo. Este caminho passa por n pessoas, e quando há enganos, trocas, atrasos, os mesmos têm que estar escritos, identificados, para o mexilhão não acabar mal cozido num qualquer caldeirão!
Ora tudo isto implica, entre outras coisas, muita escrita politica, outra formal e alguma já direccionada ao entalanço alheio...
Agora imaginem que sempre que escrevem pedido sai peido!! Isto pode dar origem a frases como:
“Este peido não é para mim com certeza!”
“Para que este peido possa ser satisfeito, tem que encaminhá-lo para o meu chefe!”
“Lamento, mas desconheço o peido a que se refere!”
“Uma vez que este peido não é simplificado, terá que aguardar vez na lista de peidos por satisfazer”.

Por enquanto o meu ouvido ainda não recebe peido em vez de pedido, caso contrário poderia ainda ouvir o meu chefe a dizer coisas como:
- “Quem achas que poderia dr conta deste peido?”:)
Ao que o meu cérebro iria começar a responder: “Depende, quão mal cheiroso é?” :>