2008-06-26


Da primeira vez que me deixei cair no teu embalo, a ausência de palavras em excesso foi de tal forma forte, que me teria deixado ir sem precisar de conferenciar comigo mesma! Soube que só podíamos ter-nos cruzado num outro tempo, noutra vida em que talvez nos tenhamos perdido!...

E agora que estás perdido nos arranjos que deveriam ser os nossos, sei que apenas te estou a ver pelo vidro da carruagem, noto o teu rosto distante, a sujidade do vidro, o quão embaciado o mesmo está, e o teu reflexo que passa...

Mas ainda que a os comboios agora se partem, é pelos nossos olhares que sei que as nossas almas aguardam a próxima paragem!