2007-02-27

Outros lados da chegada da Primavera

Ontem ao ir para casa, ouvia uma mulher a agradecer o tempo que estava pois já não tinha que andar de sobretudo atrás, quando passo eu “maria friorenta” de boina e sobretudo ao lado! Mas de facto é verdade… vamos caminhado para Março, começa a haver uma espécie de cheiro que enuncia a aproximação da Primavera.

E hoje, de madrugada, enquanto me vestia a correr para assegurar que conseguia chegar cedo ao trabalho, ligo a televisão para ouvir que a Inglaterra vai aumentar o contingente no Iraque, coisa que até já sabia, pois já tinha lido que o príncipe Harry ia para lá. Agora, a justificação dada na câmara dos comuns, segundo a RTP, não deixa de ser “engraçada”: é expectável que com a chegada da Primavera, o número de atentados aumente! Pois… imagino que sim, sendo a Primavera a estação por excelência do renovar de intenções, por assim dizer…

2007-02-22

Talvez nem sempre os gatos caiam de pé

Biologicamente falando, caso a queda não dê tempo ao gato de se virar, o desgraçado dificilmente vai cometer a proeza tão admirada de cair de pé. Se por acaso tem ainda o azar de estar com a bexiga cheia e a queda for jeitosa, pode mesmo dar-se mal. Mas o que é verdade é que a maioria dos amantes de felinos, não podem ficar indiferentes a esta técnica extraordinária e que em muito contribui para aquela ideia de animal nobre, que não verga, faz parte do próprio conceito de felino, acho.

Penso que parte do meu fascínio por gatos vem da vontade que tenho de não me deixar ir abaixo, mesmo quando me sinto encurralada num canto, de ter a confiança de mais queda menos queda, saio sempre de pé, nem que faça das tripas coração, mas hei-de sair de nariz empinado e por mim mesma! Mas como qualquer gato, também há vezes em que me apetece pedir colo e deixar-me ir no embalo das festas, mas a verdade é que ninguém espera isso de um gato que cai sempre de pé!

2007-02-20

E não é que a solução realmente, nada tinha de mágica?

E ontem lá fui eu de portátil na mochila. Acordei de madrugada para o efeito, para ir de carro e evitar andar com a mochila comboio a fora. O objectivo era perceber o que se passa com a bodega wireless do portátil, fechar umas quantas cenas no trabalho e sair cedo para completar a minha vestimenta de gata preta e branca para a noite.

E mal cheguei, não fosse o helpdesk estar a meio gás como tudo o resto, tratei de inserir o registo que pedia para verificarem o raio da placa wireless, que nem as ligações dos pontos ditos oficiais, apanha!

E lá vem o moço, cheio de boa vontade, espera que eu ligue o portátil, constata que nenhuma ligação surge visível, pede para levar o portátil para o hall de entrada, onde há rede de certeza e lá volta ele todo contente de portátil nos braços, mostrando as duas redes que sem esforço detectou, apenas adiantando, se eu já tinha reparado numa patilha miniatura preta, em fundo preto, na frente do portátil, com o w estilizado que ao que parece quer dizer bluetooth/wireless e que tinha que estar em on para funcionar! Não afirma que a mesma não estava ligada, apenas comenta à laia de “já tinhas reparado, ao menos?”, juntando ainda o comentário, indicando que quando a dita patilha está off, o símbolo de bluetooth fica a vermelho, em vez do habitual branco…
Epa! Quando a malta liga o portátil de castigo, porque é fora de horas ou fim-de-semana, e há mais um mail para responder, mais uma crise para resolver, mais um prazo idiota para cumprir, mesmo sendo gaja, as cores de um símbolo minúsculo algures no canto direito, não é de todo a prioridade visual em mente!

Mas pelos vistos, a patilha tudo resolve, ou estes posts, não teriam surgido tão perto um do outro!

Aventuras pelo mundo das ligações

Apesar de trabalhar com estas máquinas que supostamente vieram facilitar-nos a vida, nunca me considerei croma. Nunca tive um dito spectrum, não passei a adolescência maluca com o basic nem nada dessas coisas que tipicamente se imaginam no tipo “informático”. Por essas razões, sempre que quero fazer algo mais complicado, recorro ao meu amigo google até descobrir os passinhos já feitos por alguém com sucesso. Mas de quando em vez, lá me aventuro a tentar fazer algumas configurações que teoricamente deveriam ser “trigo limpo, farinha amparo”! Mesmo não correspondendo à figura geek, não apenas para os outros, mas também (ou sobretudo) para mim mesma!

Tenho um portátil que tem placa wireless, de acordo com o que ele mesmo diz. Aliás, tem sido sempre um chato porque passa a vida a avisar-me que não tenho nenhuma wireless connection available. Também não é de estranhar, porque não tenho por hábito andar com o “bicho” atrás de wireless point, em wireless point. Aliás, considero mesmo que deveriam mudar o nome para transportável, porque, por muito leve que o desgraçado seja, as minhas costas, mesmo com mochila, teimam em não o definir como portátil! Mas como tudo é composto por mudança, o portátil até é da empresa, quando tenho TPC para fazer, gosto de ir vendo um filme pelo canto do olho e tal e eis que achei que era uma boa ideia pensar num router wireless em casa para poder aceder à net à vontade (não necessariamente no wc, como dizem alguns amigos meus mais “velhos do Restelo”), ligar-me à empresa, se for preciso, etc…

E lá comprei o tal do router, montei aquela bodega, quase toda à excepção do wireless, que afinal continua a não estar available, nem à lei da bala! Nem no ponto wi-fi do ginásio, nem porra nenhuma! Portanto, ou esta bodega tem algo desligado porque sim, ou nunca funcionou para além da mensagem maravilha: “no wireless conections available”! E já estou mesmo a ver o filme: lá há-de ir para a um cromo qualquer do helpdesk que há-de mexer numa merdice que não lembra ao diabo e que depois me vai entregar o portátil com aquele sorriso parvo de como quem diz: “pensa a gaja que percebe do assunto!” E lá vou eu ter mais uma pequena fúria para juntar a todas as que já fui tendo de todas as vezes que já tentei por esta merda a funcionar!

2007-02-16

Mascarada de mim

E não é que parece que quase consegui? Acordei de manhã, sou de facto eu que estou no espelho, com o ar de sono da praxe de ter-me arrancado da cama de madrugada, como se por mais umas horas já conseguisse ser bombeira e salvar todo o mundo…, mas ao mesmo tempo estou ausente.

Devo mesmo ter deixado parte de mim, amarfanha num cantinho e hoje estou apenas de serviço!

2007-02-15

Amarfanhar a pele

Há dias em que chego a casa quase farta de mim... Aparentemente o dia correu bem, ou pelo menos não correu mal, até a visita ao ginásio foi feita, lugar pero de casa ... e depois o chegar a casa, notae que o telemóvel está afogado em mensagens que de repente não quero ver... tarefas que brotam à minha frente e uma vontade imensa de não as fazer!

Queria tirar a pele, como tiro a roupa gasta de mais um dia, amarfanhar tudo num canto do quarto e ficar na outra ponta, a mirar de longe, abraçada comigo mesma, como se assim me pudesse largar e escolher um outro eu para vestir amanhã de manhã!

2007-02-01

Quando Deus fecha uma porta...

...abre uma janela.


Todos nós ouvimos esta frase vezes sem conta. Pessoalmente, não me lembro da primeira vez, da primeira situação em que m terão dito, mas tenho a certeza que qualquer que tenha sido o meu entendimento da mesma na altura, deveria estar a anos luz do que tenho hoje! Acho mesmo que este dizer tem o seu quê de taoista, uma linha muito de se deixar ir e continuar a ser, sabendo que vamos chegar a algum lado simplesmente porque sim.. é claro que para uma alminha nervosinha como eu, isto é quase missão impossível, mas o facto de já me conseguir lembrar disto de tempos a tempos é uma boa evolução!


Ontem acordei com o impacto de um dos meus felinos a aterrar em cima da minha cara, utilizando o meu nariz como ponto de apoio! Resultado: uma dor do catano, corrida para casa de banho par perceber melhor o estado da arte e estrelas a acompanharem todo o processo de algodão, água oxigenada, betadine!Tenho ideia de ter dito um belo chorrilho de asneiras, de ter empurrado os gatos para longe de engolir o choro na capa de super mulher e ter voltado a dormir para acordar menina e não me achar em condições para vestir a pele de Cruella para enfrentar os cromos dos costume. Refugiei-me no ataque e fiquei em casa...


E não é que depois do almoço, depois da visita ao médico, o sol estava tão simpático a brilhar sobre o mar enquanto eu lia um livro? E o tempo até que andou ao seu ritmo próprio, não correndo à minha volta... Até descobri a prende perfeita que jamais me lembraria de procurar, pelo simples facto de estar a meio da tarde ali, comigo mesma.

E foi então que me apercebi que ainda tinha que agradecer ao gatos o belo arranhão no nariz! :)