2007-01-23

Alguns pequenos nadas

é impressionante, como certos pequenos ses nos fazem ir do 8 ao 80 em menos de um fósforo! E algumas das pérolas que mais gosto de guardar são as inesperadas e que me dou a mim mesma e que or serem tão simples, me espanto por não mas oferecer mais vezes...

Ontem dei por mim a seguir caminho a ouvir algumas das minhas musicas de uplifting... daquelas que se cantam bem, das que me imagino de cartola na cabeça, muito Liza Minnelli e cantarolando para mim mesma, alheia a tudo o resto, passeio pela rua com um gingar muito meu, e reparo que a maioria das pessoas estranha o facto de alguém regressar alegre do trabalho a uma segunda-feira, como se fizesse parte de algumas normas por escrever que ser português que se tem que andar cabisbaixo e zangado!


2007-01-18

dias de cansaço

Hoje acordei a pensar em chegar cedo ao trabalho, dar uma de D. Quixote e resolver mais uma vez ”os problemas do mundo”! E depois de tratar dos moinhos durante a manhã, foi como se a armadura virasse chumbo... e depois do almoço sem aviso prévio saber que tenho que pegar na lança outra vez, sem ter vontade e ao mesmo tempo ter a noção de que não há outra forma de o fazer!

Ver o tempo a passar e já cansada, retirar-me com mais lutas para amanhã!

Chegar a casa cansada, apetecer-me vestir a pele de menina e já não conseguir. Descobrir pequenas coisas de casa para fazer e sentir que há sempre mais um esforço para ter antes do descanso da guerreira e saber que amanhã tenho novamente que pegar nas armas e não querer fazê-lo.

2007-01-15

A pantera

Há uns tempos andei numa de ler Isabel Allende. A última coisa que li foram “As Memórias da Águia e do Jaguar” e logo no primeiro livro, quando o Alex descobre que o seu animal totémico é o Jaguar, a descrição da descoberta levou-me a uma das minhas primeiras visitas ao jardim zoológico...

Desde que me lembro, que os grandes felinos sempre exerceram um fascínio enorme sobre mim. Dou por mim a ter muitas reacções, principalmente quando já estou cansada e com pouca paciência, que têm muito com comum com o rosnar! Felizmente para o resto do mundo, ainda não consegui ter garras de forma a de uma patada só deixar bem visível o quanto não estou a gostar da brincadeira!

Nessa minha visita ao zoo, lembro-me de ter ficado como que hipnotizada a olhar para a pantera negra que lá estava. Eu não a conseguia largar com o olhar, até a trazer até mim, quando todos os tons de ébano brilhavam coma luz que vinha de frente, quando já quase lhe contava os bigodes até só ter aquele verde água felino para me perder. E por breves minutos, foi como se não houvesse nem espaço nem tempo! E essa sensação, faz parte daqueles tesouros que guardamos, enriquecidos pela imaginação, à medida que os queremos voltar a ver na nossa mente!

Não sei se posso considerar a pantera como o meu animal totémico..., mas que gostava, gostava!

2007-01-08

Segundo a definição do nosso dicionário, caridade é:

s. f.,
amor ao próximo;
benevolência;
bondade;
compaixão;
esmola;
beneficência;
ant.,
banquete ou bodo aos pobres;
uma das virtudes teologais;
vossa Caridade: tratamento que os Prelados davam aos seus diocesanos;
fazer as -s a (alguém): ajustar contas (com alguém).

Se a isto juntarmos o conceito que o senso comum que por certo invade a maioria das pessoas, espero, imaginar um horário tipo 9 to 5 para a caridade é capaz de ser um conceito estranho, mas há quem o faça sem grande esforço.

Hoje por exemplo, planeei o meu dia em função de aproveitar para dar uma série de roupa. À conta disso fui de carro para Lisboa com uma boa parte da bagageira cheia. É verdade que para não variar não saí exactamente à hora que tinha planeado, há sempre aquelas coisas que dão pelo nome de reuniões e que se resolvem alongar, por muito que coloquemos os patins nos pontos a fechar! Afinal, é em parte por trabalhar que não tenho grande problema em ir renovando o guarda-roupa... digo eu! Que isto de ser gaja, só por si, não dá conta do recado!

Depois de me ter safado bem ao trânsito, lá faço o meu desvio, toda contente por ter conseguido encher uns 3 sacos, lá vou eu carregada, quase a tropeçar num dos sacos para passar por um aglomerado de pessoas de me observam a passar sem serem capazes de ajudar, apontar o caminho, etc... Quando vejo um homem a sair do centro, pergunto logo onde posso deixar os sacos e eis que a criatura olha calmamente para o relógio e responde:

  • Só até às cinco e meia.

  • Como, digo eu? - provavelmente já de sobrolho franziod.

  • Só posso receber roupa até às cinco e meia. Agora já não posso.

  • Assim , vai ficar difícil – resolvi responder ao invés de algo mais venenoso, na linha de pedir desculpa por ter resolvido ser caridosa fora da hora do expediente!

  • Tem sempre o lar da ba vontade ali à frente na rua, do lado esquerdo, como quem segue para a igreja.



É claro que não encontrei logo o raio da rua já ali à frente, por ser escura, estreita e fora do caminho e espanto, dos espantos: não há luzes de néon a assinalarem: “Recebemos roupa”!

Depois de mais umas voltas, lá conseguir dar com sítio finalmente e deixar lá os 3 sacos, seguindo as indicações de um senhor que a julgar pela fala e pela cadeira de rodas, deve ter sido vitima de uma trombose ou algo do género.

Quando até um simples acto como o dar roupa para distribuição, passa a ser complicado e cheio de entraves, porque nos espanta tudo o resto? Como esperamos uma evolução do país, por artes mágicas, quando os pequenos actos cívicos estão sempre em cantos retorcidos e de preferência debaixo do tapete?

2007-01-03

Despir a capa e a espada

Hoje, gastei os cartuxos e ainda assim não consegui salvar mundo de hoje. Ficaram pontas soltas suficientes , para ter que ser novamente super-mulher amanhã!
Já em casa, deixei cair a espada, tirei a capa, arranquei a mascarilha, como se tivessem o peso do meu cansaço e com vontade de voltar a mim.


Hoje gostava de adormecer entre o teu ombro e pescoço só para sentir que tinha ali um embalo forte e que a capa podia ficar no chão esquecida, como se a noite pudesse ter a duração de sempre, sonhar que agora era apenas eu!

2007-01-02

Resoluções ou talvez não...

Antes demais: bom ano!


Já desde antes do natal que tenho um “to do” na minha lista. Com a correria de deixar tudo pronto antes do natal, ficou a marinar até agora, pacatamente na lista, até porque não tinha como a resolver para a tirar de lá. Afinal meio mundo pára, na altura das festas e não há grande volta a dar ao assunto!

Hoje cumpri o horário à risca. Decidi que ia começar as minhas resoluções de ano novo e aquela lista ia ter que ser remodelada. Os nervos começaram a fazer cócegas à medida que a areia ia passando na ampulheta e uns minutos antes pensei: é só dia 2... duvido que já lá estejam no dia 2... até Lisboa esteve semi-deserta hoje... Mas fui, para não me dar desculpas ou espaço de preguiça. E é claro que a única parte positiva foi mesmo o reconhecimento de terreno.

Quinta-feira a saga continua, com a nuance que vou ter mais um dia para ser intransigente comigo mesma! :)