Foi aí que a voz da Meryl Streep começou a ecoar na minha cabeça com o “I had a farm in África…” quase como um murmúrio ao principio, uma cantilena que de um momento para o outro passou a simbolizar todo um elo de paixão com África em si, com a linha do horizonte, com os púrpuras do pôr-do-sol, com uma terra que ainda assim e apesar de tudo insiste em mostrar o seu esplendor!
Mas foi quando vi o meu primeiro embondeiro, repleto de abutres, quando o pôr-do-sol chegou que soube que tinha feito a escolha certa ao insistir na viagem! Foi nesse momento que soube que parte de mim iria mudar para sempre, embora ainda não conseguisse ver todas as ramificações escondidas sobre essa pequena convicção! E foi ao mesmo tempo doce e assustador sentir aquele ponto de viragem, sentir o instante exacto em que constato que vou mudar e ter escolhido dizê-lo em voz alta, quando eras o único a ouvir.
E sentir que trago todas as cores do pôr-do-sol comigo e quero acreditar que me parte é por isso que brilho, apesar de não ter conseguido enterrar todos os fantasmas a que me propus nesta viagem e apesar de ter recolhido mais alguns para a colecção!
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