2009-05-12

Quando o sentido de dever nos chega...

Não me lembro de quem mo incutiu. Provavelmente herdei-o de um misto de observação e da minha capacidade de mergulhar em histórias alheias até ao tutano e arranjar sempre forma de vestir a pele dos heróis que sofrem e sangram! Sei apenas, que muitas vezes contra mim mesma, me vejo a tomar um caminho, ainda que parte de mim não queira, simplesmente porque sinto que o devo percorrer... Estranhamente há alturas em que nem sequer questiono o caminho, outras há, em que apesar de não gostar do sentido dos passos, o faço com uma mecânica segura porque sei que devo... ultimamente, no entanto, tenho o gosto doce de estar contigo na ausência de caminho, suspensa no tempo e no espaço... e depois de guardar esse gosto, ver-me a aterrar num caminho escuro, que não conheço nem acredito, apenas faz com que não o queira andar!
Nestes dias, nem o sentido do dever me empurra para a frente, apenas me faz estranhar mais o percurso, encará-lo como não sendo meu e por arrasto, questioná-lo!
A renegar o sentido do dever, tendo ele sido sempre meu, não posso deixar de me estranhar...

2 comentários:

Gathaspa disse...

Nestes caminhos...de vida...existem "coisas" que mudam...outras nem tanto...a lembrança que tenho de ti...desde sempre...é a de uma guerreira...e como guerreira tal...também sabes o momento de descansar a alma à sombra de uma árvore, antes de iniciar uma nova demanda...pois seremos sempre confrontados com a dualidade...com a escolha...com a luta interior do certo e do errado...e só quem se questiona é quem sente que vive...e isso para mim é uma felicidade...Gosto do teu blogue...amiga...

Isabel disse...

De guerreira... :) Isso coloca-me um sorriso nos lábios!... Curioso que me vejas assim, principalmente quando olho para trás... para o tempo em que brincávamos à apanhada, não é de todo essa a imagem que guardo de mim!
Mesmo hoje, há dias que duvido de mim mesma!