2007-09-25

Ser armadura

A armadura serve como segunda pele.
já perdi a noção da primeira vez que a vesti,
creio que a teci por entre memórias que já não queria,
com linhas rejeitadas de por todos à minha volta,
e com o barulho de fundo de todos os gritos que sempre abominei.

Com a prova terminada, vesti-a e ela tornou-se eu
ou eu tornei-me em parte ela.
Já não está na lista do que levo comigo,
Mas está sempre presente nos meus ossos,
Como uma segunda natureza!

Não deixa pois de me espantar que venhas
do fundo do nada e me desafies a larga-la
como se eu ainda conseguisse ser apenas eu!

1 comentário:

Anónimo disse...

Ficamos então sem saber se quando te tocamos, estamos a tocar em quem ?