2008-03-13

Esgrima


Já sei que sei pegar na espada. Não me lembro como aprendi... Há alturas em que a sinto quase como uma extensão do meu braço, não estranho vê-la lá e nem tão pouco a rapidez com que a utilizo quando reajo em automático! Começo a compreendê-la como parte de mim, a aceitá-la.

Mas não deixo de me espantar quando estou frente a frente contigo e sem aviso prévio, sinto que já desembainhei a espada, oiço o sussurrar do metal como um deslize mudo e o mesmo vibra na minha mão com uma vontade própria e estou a aplacar as tuas ofensivas sem saber como. Há alturas que chego a duvidar das minhas qualidades de espadachim, já que considero tudo um tanto ou quanto inusitado, mas o meu braço treinado não vai parar tão cedo! E ainda que fique dorido, ainda que a espada pese toneladas, ainda que ranja os dentes para continuar a dança da batalha, não vou baixar a defesa!

2 comentários:

Anónimo disse...

Nada como perder as coisas que se tem para perceber que as lutas com ou sem espada nunca levaram a algo melhor.

É pena...

Isabel disse...

Lutar por lutar, nunca foi solução, é um facto. Mas o bicho homem, como animal que é luta e há-de lutar sempre quando sente que tem que se defender, com ou sem espada!