Ao passar pelo Tivoli, o porteiro na sua fatiota janota, falou-me com um sorriso, penso que só pelo facto de ter passado por ele assim tão leve, enquanto motoristas esperavam à porta perto dos Mercedes, em fato escuro. Lá dentro, pelas janelas grandes vi senhores a terminar o almoço tranquilamente, alguns pegando no charuto ou cigarrilha com o ar de habitués, que me leva a pensar que para eles estar perto das três da tarde a falar tranquilamente ao fim de um almoço nada tem de extraordinário, ao contrário do que se passa comigo.
Mas são dias assim de luz, em que damos importância a estas pequenas coisas, que nos devem servir de barómetro para todas vezes em que são também coisas insignificantes que não nos deixam filtrar a luz, colocando-nos no escuro!
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