2008-10-05

doce embalo

Já me tinha esquecido do sentimento doce de ser embalada. Acho que o tinha perdido, no meio da imagem de fortaleza. Não deixa de ser engraçado, que os esquecimentos assim, tornam tudo tão distante... o eco de me deixar ser embalada, ou mesmo de me dar espaço para o ser, perdeu-se no embate da minha muralha!
Sei bem que apesar de me achar necessitada de remendos, contar com os teus dotes de costureiro, que desconheço, avançar sem ter a linha própria linha e agulha à mão, é um salto quase impossível, mas ver que estarias disposto a ser alfaiate por uns momentos, é o suficiente para esquecer o a minha caixa de costura!
E é no ver-me remendada por suturas que não são as minhas, que me relembra o gosto doce de me deixar estar, de me perder só porque me apercebi que posso! De não querer voltar a subir a muralha, porque aqui, neste embalo doce durmo melhor, respiro melhor e talvez chegue mesmo a ser melhor!

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