Não posso dizer que sejas professor, mas sempre foste meio pai, meio mentor, meio guardião. Já reparei que estás mais perto que isso, e não posso dizer que saiba em que prateleira e talvez seja em parte isso que me incomoda. Isso e o facto de alguém me ter dito que talvez tu já soubesses a que prateleira quisesses pertencer e que nem os laços do supostamente correcto te prendessem! Teria que desejar que esse laços fossem de facto muito fortes para te manterem “arrumado”.
Depois disto, parte de mim passou a querer ler todos os teus gestos e palavras de um modo quase analítico, enquanto estranhamente, ou talvez não, uma outra parte de mim, quase se regozija com tudo isto! Como se de um momento para o outro a desarrumação das prateleiras fosse quase doce apesar do aspecto destoante que tem! E às vezes, não sei se sou eu que te chamo a dormir ou se és tu que vens assaltar o meu estado dormente! É nessas alturas em que me deixo ficar em território neutro sem querer saber quem chamou quem e apenas desfrutar do facto que estiveste comigo!
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