2006-12-08

Dias de mantra

Assumindo a definição simplista de mantra, como um cântico que quando repetido de certa forma um cântico, vamos recuperar energias, eu tenho um mantra que utilizo quando necessito de me lembrar de certas coisas, de força interior etc... Nesses dias recorro ao Cântico Negro.

Lembro-me de forma muito clara a primeira vez que o ouvi recitado. Na altura não lhe conhecia o nome, nem o poeta. Nada disso ouvi quando entrou aquele professor de história na aula magna. Afinal, naquela altura poesia, era só uma cena daquelas meio chatas que temos que estudar... Mas ao ecoar naquele tom pujante aquele começo do “Vem por aqui”, fiquei suspensa no ar, estando totalmente conquistada por altura do primeiro “não vou por ali”! Sei que cheguei a casa a perguntar de quem era o poema do “não vou por aí”. É claro que com esta definição apenas, ninguém percebeu logo o que queria, mas assim que o descobri, nunca mais o larguei! Assim que vi a antologia poética do José Régio, tive que a comprar e nestes dias de bengala, abro-a e leio em voz alta o Cântico Negro!

Sem comentários: